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segunda-feira, 13 de outubro de 2008

À DESCOBERTA DO MUNDO: O EGIPTO VII


A sabedoria não nos é dada. É preciso descobri-la por nós mesmos, depois de uma viagem que ninguém nos pode poupar ou fazer por nós.
( Marcel Proust )

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Mais um dia em que acordámos bem cedo, pois tínhamos decidido fazer uma viagem opcional a Alexandria, no último dia de estadia no Egipto.
Tomámos o pequeno almoço no hotel e enquanto parte dos portugueses decidiram ficar a descansar, pois a viagem de regresso a Portugal seria durante a madrugada seguinte, nós achámos que podíamos descansar em Portugal e lá fomos à descoberta duma nova cidade.
Os nossos corpos cansados cederam ao fim de poucos quilómetros de auto estrada, a uma velocidade de 90 Km/h. Nunca nos passara pela cabeça que num país onde se conduz duma maneira desenfreada, se fizessem à volta de 300 Km sem se ultrapassar aquela velocidade.
No Egipto, a velocidade máxima nas auto estradas para os automóveis é de 100 Km/h.
Devagarinho, lá chegámos.
Entrámos pela parte mais antiga de Alexandria. Achámos tudo muito velho e sujo. Os vendedores inundavam as ruas e praças. Havia de tudo a vender em plena rua, tal como acontecia no mercado Khan El Khalili.
Mas aos poucos, a cidade foi-se modificando aos nossos olhos e lá chegámos à marginal, junto ao Mediterrâneo.

- A zona costeira da cidade -

Saímos da carrinha que nos transportara, junto à Bibliotheca Alexandrina, Centro de Conferências e Planetário.
Esta instituição, inspirada na antiga Biblioteca de Alexandria (a mais famosa da antiguidade), foi inaugurada em 16 de Outubro de 2002, dispõe de um valioso espólio de livros e dos mais modernos meios de consulta, proporcionando mesmo o acesso a outras bibliotecas.


- Vista exterior da Biblioteca -

Entrámos e, após uma rápida visita a parte das instalações, tivémos oportunidade de visitar, antes da hora do almoço, duas magníficas exposições ali patentes.
Saímos para apreciar o exterior e respectivo espaço envolvente. De arquitectura moderna, o edifício parece sair das águas de um pequeno lago que lhe está anexo.
Seguimos depois para uma visita panorâmica à fortaleza de Kaitbay, que se ergue junto ao local onde se encontrava o farol de Alexandria, destruído por um terremoto em 1303.

- A fortaleza de Kaitbay -

Percorremos depois algumas das principais artérias desta bonita cidade. Almoçámos num dos mais conceituados restaurantes da cidade desfrutando duma vista espectacular sobre o mediterrâneo.
Após o almoço, fomos visitar outos locais bastante interessantes da cidade. Foram eles:

O Jardins El Montazah:
Localizado a pouco mais de 15 Km do centro da ciadade, era o local de veraneio da Família Real Egípcia. Possui vários palacetes, belas espécies de plantas e recantos muito bem cuidados e ornamentados.




- O Palácio do Rei Farouk -
O Palácio do Rei Farouk:
Este bonito palácio foi a casa de veraneio do rei Farouk que subiu ao trono com apenas 16 anos, em 1936 .
A mesquita de Abu El Abbas:
Esta é uma das mais importantes mesquitas da cidade, com uma arquitectura espectacular.
Ali a família separou-se. Eu e a Ana entrámos pela porta lateral para as mulheres e o Fernando, o Hugo e o Talat entraram pela porta da frente, destinada aos homens. Descalçámo-nos, tapámos os ombros e embora não estando lá muito de acordo, por respeito ao povo entrei. O interior era majestoso. Mulheres árabes rezavam com profunda fé a terceira oração do Salat, enquanto se ouvia a voz do iman em som ensurdecedor.


- O interior da mesquita -


As catacumbas:
Visitámos também as catacumbas de Kom As Shouqafa, situadas a Oeste da cidade, descobertas por mero acaso, quando um burro caiu num buraco.
Finalmente, regressámos ao Cairo, fazendo o percurso já quase todo depois do pôr do sol.
Após uma ligeira refeição, acabámos de arrumar as malas e fomos descansar um pouco, pois durante a madrugada teríamos de fazer a viagem de regresso a Lisboa.

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