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sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Porque é fim de semana: Melo

Porque é fim de semana, vamos prosseguir na descoberta das localidades do concelho de Gouveia e seguimos para Melo, uma aldeia situada  no sopé da Serra da Estrela e que, como muitas  da região, tem origem bastante remota. 



A  povoação teve o seu início em 1204 e era apenas numa Quinta dum cruzado com o cognome de Melro que daria mais tarde origem ao topónimo Melo. 
D. Afonso V  deu-lhe o foro de vila e armas. No reinado de D. Dinis, pertencia a Folgosinho.  

D. Manuel I concedeu-lhe  foral em 1515 tornando a vila num concelho que se manteve atá 1836, data em que foi   extinto em 1836, passando a ser uma freguesia do concelho de Gouveia.
Em 1859, foi anexada à freguesia  a paróquia de São Martinho de Nabainhos.
A reforma administrativa nacional de 2013 extinguiu a freguesia  para, em conjunto com Nabais, formar a União das Freguesias de Melo e Nabais.


O orago de Melo é Santo Isidoro
A Igreja Matriz é bastante antiga e em  1321 já constava duma listagem das Igrejas do País.
Sofreu obras de restauro em 1668.
A I greja  tem duas torres sineirase um campanário. Sobre a porta, destacam-se o brasão dos antigos senhores de Melo e  uma janela em forma de trevo de quatro folhas.
O interior  tem planta longitudinal com  três naves e quatro arcos, onde se destaca um retábulo-mor de talha dourada do estilo barroco joanino e  o arco triunfal.
Nesta igreja,  encontra-se sepultado o Bispos da Guarda, D. José Mendonça Arrais, que ali fixou a sua residência durante as Invasões Francesas.

Do património religioso de Melo fazem parte várias Capelas:
- Capela de Santa Marta


Templo de feição maneirista com planta longitudinal, onde se destacam as portas da fachada principal e lateral encimados por  frontões triangulares e nichos com estatuas de cantaria. Provavelmente a data de construção rondará  o século XVII.

- Capela da Misericórdia de Melo


A Misericórdia de Melo foi fundada em 1567.
O edifício  tem uma janela de estilo manuelino. 
No interior da Capela destacam-se três Tábuas quinhentistas: a da Anunciação, a da Visitação e a da Adoração datadas de 1539, uma colunata e um púlpito em forma de cálice.

- Capela de Nossa Senhora do Coito (Nabaínhos)


Este templo tem um pequena capela-mor pequena que corresponde à primitiva capela mandada construir por D. Mem Soares de Alvim ou D. Mem Soares de Melo, 1º senhor da vila.
Tem um valioso altar-mor e as imagens de Na. Senhora do Couto e de São Francisco.

- Capela de São Lourenço(Nabainhos)


Reconstruída no século XVIII  esta Capela foi totalmente modificada em relação à original. 

Melo possui ainda um valioso património civil. Eis alguns exemplos:

- Pelourinho 


Este pelourinho de Estilo Manuelino, datado do século XVI, foi classificado como Monumento Nacional em 1915.


- Antiga Casa da Câmara


Este edifício foi presumivelmente construído no século XVII. Numa esquina destaca-se o brasão da vila de Melo. Foi classificado Imóvel de Interesse Público em 1938.


– Paço de Melo


Residência senhorial dos fundadores de Melo, cuja construção se crê ser dos séculos XIII/XIV.
Apesar de grande parte se apresentar em ruína, destacam-se a cerca ameada, quinhentista, a porta de acesso ao solar, a torre com coruchéu em granito e o brasão de armas dos antigos senhores de Melo. Numa parte da  muralha existe uma pequena ermida em honra do Senhor do Calvário, onde se realiza uma das  mais importantes  festas  da freguesia.
Existia ainda uma outra Capela em honra de Nossa Senhora da Paz, da qual apenas existe uma cruz.

Este edifício serviu de refúgio e residência do Bispo da Guarda  durante a Guerra Peninsular.

- Cruzeiro 


- Cruzeiro (Nabainhos)



Obrigada pela sua presença. Volte sempre!

1 comentário:

Maria Rodrigues disse...

Excelente reportagem.
Lourdes, desejo-lhe um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde, alegria, sonhos realizados, paz e amor.
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco